Entrevista com brasileiro que participou do game Mario vs. Donkey Kong: Tipping Stars

Mario vs. Donkey Kong: Tipping Stars foi anunciado no dia 14 de fevereiro durante a primeira Nintendo Direct, um evento de anúncios da empresa pela internet. O jogo foi lançado internacionalmente no dia 5 de março pelo preço de US$ 19,99 (R$ 60,04) para o console Wii U e o portátil 3DS. As vendas foram pela loja virtual eShop. Na produção do game da japonesa Nintendo, dois brasileiros participaram do processo.

Geração Gamer conversou com o brasileiro Eduardo Righi (26), que ficou responsável pela engenharia do programa do jogo. Confira a entrevista.


Como foi trabalhar com a Nintendo?

Foi sensacional. É sempre uma responsabilidade enorme criar um jogo que vai ser jogado por milhões de pessoas pelo mundo. Mario vs. Donkey Kong: Tipping exigiu muitas horas de trabalho e cada linha de código teve que receber uma atenção redobrada. Mas trabalhar em um jogo desse porte, com uma equipe talentosa e apaixonada pelo que faz foi muito bom.

Qual foi a função lá dentro? Você continua com a Nintendo depois deste projeto?

Eu fui contratado como engenheiro de software. Trabalhei principalmente programando o gameplay da versão do portátil 3DS. Isto é, o comportamento dos personagens, itens, controles, e todo tipo de interação que acontece enquanto o usuário joga um level. Contudo, no final das contas a gente acaba fazendo um pouco de tudo dependendo da necessidade do projeto. Infelizmente após o termino do projeto eu tive que sair. Fui contratado apenas para esse jogo e, por razões de visto, não posso trabalhar mais do que um ano antes de me formar em tecnologia.

Você era o único brasileiro? Como os estrangeiros te trataram?

Não sou o único não. Nós temos um artista brasileiro muito talentoso na equipe. Os estrangeiros nos tratam da melhor maneira possível. Fui muito bem recebido, bem tratado e respeitado. A equipe é muito diversificada, com pessoas de diversos países. Então a maioria está acostumada a trabalhar com estrangeiros.

Antes de trabalhar neste projeto, onde você trabalhou?

Comecei dando aulas de Robótica e Programação de Jogos no Colégio Santo Antônio, escola onde me formei no ensino médio. Após as aulas, trabalhei como programador por quase dois anos na Ilusis Interactive Graphics, um estúdio de games sediado em Belo Horizonte. Lá tive a oportunidade de criar jogos pra PSP, iOS, Android e PC.

O que você gostou mais em Mario vs. Donkey Kong: Tipping Stars?

Eu adoro o editor de levels. Criar meus próprios mapas e compartilhá-los com o mundo é muito divertido. Além disso, ver o que as pessoas andam criando é bem legal. É impressionante a criatividade dos jogadores! A gente vê cada nível mais bacana do que o outro. O editor também é flexível e robusto, e dá pra explorar bastante os recursos que ele oferece.

O que você mais aprendeu nesta experiência?

Sem dúvida o que mais aprendi com esse projeto foi a experiência de trabalhar em um jogo de grande porte. Coordenar prazos, metas, atender aos níveis de qualidade exigidos pela Nintendo e ver de perto como é feito um jogo que envolve equipes ao redor do mundo inteiro foi um aprendizado ímpar no processo de produção de games.

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